No próximo dia 8 de Junho gigantes como o Google, o Facebook e a Yahoo
vão testar o novo sistema de endereços IPv6. O actual IPv4 tem os dias
contados. Estima-se que até ao final deste ano esta antiga versão se irá
esgotar definitivamente.
Esta mudança não é uma catástrofe anunciada, mas tem preocupado
engenheiros informáticos, especialistas, empresas, organismos e governos
de todo o mundo. Precisamente para alertar para a importância desta
transição, estes gigantes norte-americanos aceitaram participar neste
teste de transição.
Contactado recentemente pelo PÚBLICO, José Legatheaux, sub-director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e considerado um dos “pais” da Internet em Portugal, explicou que “a mudança de IPv4 para IPv6 é equivalente a uma gigantesca mudança do tamanho dos números de telefone e dos prefixos de todo o sistema telefónico a nível mundial. Não é uma revolução técnica, mas exige mudanças no treino e nas competências do pessoal técnico, mudanças de parametrização dos equipamentos e mudanças em alguns programas”.
Igualmente contactado pelo PÚBLICO, o director da FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional), Pedro Veiga, explicou qual o problema: “Os endereços IPv4 actuais estão a esgotar porque começa a haver mais que 4.000 milhões de sistemas ligados à Internet. Esses sistemas são os computadores mas também os telemóveis e, no futuro, coisas como frigoríficos, automóveis, etiquetas, etc. [com o advento da Internet das coisas]”. “Espera-se que os endereços IPv4 esgotem definitivamente durante o ano de 2012”, disse Veiga.
A boa notícia para os utilizadores de Internet é que eles não vão precisar de fazer nada. Quem vai precisar de se adaptar são as empresas e as instituições e para isso será preciso haver técnicos em todo o mundo a fazerem alterações às redes e aos sistemas informáticos organizacionais para que os dois protocolos sejam suportados em co-existência.
O World IPv6 Day está a ser coordenado pela Internet Society, uma organização sem fins lucrativos que tem a missão de transmitir informações úteis às pessoas e às empresas acerca dos assuntos da Internet. Esta organização já disponibilizou uma página através da qual os interessados poderão testar o grau de preparação das suas máquinas para o sistema IPv6.
Todas as empresas e organismos que aderirem ao World IPv6 Day colocarão as suas páginas disponíveis via IPv6 durante 24 horas a fim de se poderem detectar falhas e erros antes de uma mudança definitiva para o novo sistema.
“Ao dar à indústria uma oportunidade de colaboração com os testes de mudança para o sistema IPv6 esperamos lançar as bases de uma adopção em larga escala e tornar o IPv6 pronto para uma adopção global”, indicou Leslie Daigle, responsável pelo departamento de tecnologia de Internet da organização Internet Society numa declaração citada pela BBC.
Um dos pais da Internet, Vint Cerf (responsável pela criação do protocolo de Internet, o famoso IP) teceu alguns comentários um tanto ou quanto alarmistas a este propósito em Novembro do ano passado. Disse Cerf que, durante a transição do sistema IPv4 para o IPv6, a Internet poderá ficar instável e os acessos poderão vir a sofrer limitações e cortes.
Cerf frisou, porém, que a transição para o IPv6 tem de ser feita - sob risco de a Internet deixar de crescer - e instou as empresas e o governo britânico a fazerem a transição. “Há trabalho a fazer”, disse aquele especialista americano, acrescentando que esta mudança deveria ser uma “prioridade global”.
Contactado recentemente pelo PÚBLICO, José Legatheaux, sub-director da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e considerado um dos “pais” da Internet em Portugal, explicou que “a mudança de IPv4 para IPv6 é equivalente a uma gigantesca mudança do tamanho dos números de telefone e dos prefixos de todo o sistema telefónico a nível mundial. Não é uma revolução técnica, mas exige mudanças no treino e nas competências do pessoal técnico, mudanças de parametrização dos equipamentos e mudanças em alguns programas”.
Igualmente contactado pelo PÚBLICO, o director da FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional), Pedro Veiga, explicou qual o problema: “Os endereços IPv4 actuais estão a esgotar porque começa a haver mais que 4.000 milhões de sistemas ligados à Internet. Esses sistemas são os computadores mas também os telemóveis e, no futuro, coisas como frigoríficos, automóveis, etiquetas, etc. [com o advento da Internet das coisas]”. “Espera-se que os endereços IPv4 esgotem definitivamente durante o ano de 2012”, disse Veiga.
A boa notícia para os utilizadores de Internet é que eles não vão precisar de fazer nada. Quem vai precisar de se adaptar são as empresas e as instituições e para isso será preciso haver técnicos em todo o mundo a fazerem alterações às redes e aos sistemas informáticos organizacionais para que os dois protocolos sejam suportados em co-existência.
O World IPv6 Day está a ser coordenado pela Internet Society, uma organização sem fins lucrativos que tem a missão de transmitir informações úteis às pessoas e às empresas acerca dos assuntos da Internet. Esta organização já disponibilizou uma página através da qual os interessados poderão testar o grau de preparação das suas máquinas para o sistema IPv6.
Todas as empresas e organismos que aderirem ao World IPv6 Day colocarão as suas páginas disponíveis via IPv6 durante 24 horas a fim de se poderem detectar falhas e erros antes de uma mudança definitiva para o novo sistema.
“Ao dar à indústria uma oportunidade de colaboração com os testes de mudança para o sistema IPv6 esperamos lançar as bases de uma adopção em larga escala e tornar o IPv6 pronto para uma adopção global”, indicou Leslie Daigle, responsável pelo departamento de tecnologia de Internet da organização Internet Society numa declaração citada pela BBC.
Um dos pais da Internet, Vint Cerf (responsável pela criação do protocolo de Internet, o famoso IP) teceu alguns comentários um tanto ou quanto alarmistas a este propósito em Novembro do ano passado. Disse Cerf que, durante a transição do sistema IPv4 para o IPv6, a Internet poderá ficar instável e os acessos poderão vir a sofrer limitações e cortes.
Cerf frisou, porém, que a transição para o IPv6 tem de ser feita - sob risco de a Internet deixar de crescer - e instou as empresas e o governo britânico a fazerem a transição. “Há trabalho a fazer”, disse aquele especialista americano, acrescentando que esta mudança deveria ser uma “prioridade global”.
Etenda oque é e Saiba oque é IPV4 e IPV6
Fonte: Publico.bt
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