País
é o quinto que mais prejuízo financeiro sofreu pelo uso de
programas de computador piratas, segundo o relatório anual da Business
Software Alliance (BSA)
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Brasília – O prejuízo causado pela pirataria de programas de software no Brasil mais do que dobrou numa comparação entre os dados de 2008 e 2009.
Apenas no ano passado, o uso de programas ilegais causou prejuízos estimados em US$ 2,25 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 4 bilhões, mais do que o dobro das perdas calculadas no relatório do ano passado, de R$ 1,645 bilhão.
O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial no que se refere aos prejuízos em valor monetário provocados pelo uso de programas de computador piratas, segundo o relatório anual da Business Software Alliance (BSA).
As informações são da BBC Brasil. De acordo com a BSA, o valor do software pirateado no Brasil em 2009 (US$ 2,25 bilhões) fica abaixo apenas do verificado nos Estados Unidos (US$ 8,39 bilhões), na China (US$ 7,58 bilhões), Rússia (US$ 2,61 bilhões) e França (US$ 2,54 bilhões). Na Alemanha, o valor chega a US$ 2,02 bilhões.
A BSA calcula que o prejuízo à indústria mundial de software tenha atingido cerca de US$ 50 bilhões no ano passado. No Brasil, 56% dos programas utilizados não teriam a licença necessária, acima da média mundial de 43%. Em 2008, o índice no Brasil foi de 58%.
Proporcionalmente, a região com maior percentual de uso de programas pirateados, segundo o relatório, é a Geórgia, com 95%. Em seguida, vêm o Zimbábue, Bangladesh, Moldova e a Armênia. O Brasil não figura entre os 30 países com maior taxa de uso de software pirata.
Em todo o mundo, segundo a pesquisa, houve aumento de 2% nos níveis de uso de software ilegal em comparação com 2008, mas a organização calcula que isso se deva principalmente ao crescimento do mercado de computadores na China, na Índia e no Brasil.
Em 2009, os três mercados emergentes representaram 86% do crescimento da venda de computadores.
O número de computadores pessoais vendidos no mundo em 2009 teve um aumento de 8,4 milhões de unidades em comparação com o ano anterior. Desse total, 7,3 milhões foram vendidos na China, no Brasil e na Índia.
Segundo o relatório, o impacto da crise econômica mundial sobre o mercado de computadores teria provocado a queda de 3% em relação a 2008. Isso também teria contribuído para a redução da pirataria em 54 dos 111 países avaliados. Em 38 nações, ela se manteve estável, e em 19, cresceu.
As indústrias dizem que as vendas de programas originais de computador estão em alta no Brasil. Mas uma pesquisa feita em 111 países mostra que o país também é um dos que mais dão prejuízo ao setor por causa da pirataria.
A pirataria de programas de computador está diminuindo no Brasil, diz
uma pesquisa das empresas do setor, mas o prejuízo continua alto.
O preço de um programa de computador às vezes assusta. Mesmo assim, nos
últimos anos, esse mercado mais que dobrou de tamanho no Brasil. Em
2009, vendeu cinco bilhões de dólares.
As indústrias dizem que as vendas de programas originais de computador
estão em alta no Brasil. Mas uma pesquisa feita em 111 países mostra que
o país também é um dos que mais dão prejuízo ao setor por causa da
pirataria.
O prejuízo provocado pelos softwares falsificados no Brasil aumentou e
passou de dois bilhões de dólares - o quinto maior do mundo.
No centro de São Paulo, os vendedores oferecem os produtos piratas a preços tentadores.
A cada ano, há mais gente comprando softwares piratas. Mas, segundo a
pesquisa, encomendada pelas empresas do setor, como os originais também
estão vendendo mais, percentualmente a pirataria está diminuindo. Em
2009, caiu pra 56% do mercado.
“Representa um resultado muito positivo, principalmente num ano que foi
marcado pela crise econômica mundial, e se esperava que no Brasil os
índices de pirataria iriam até aumentar”, fala Frank Caramuru, diretor
da Business Software Alliance do Brasil.
Para o Fórum Nacional Contra a Pirataria, a redução ainda é tímida.
“Nós temos que diminuir a oferta, educar as pessoas e também defender a
desoneração tributária, que os impostos sejam menores. Todas as
iniciativas que foram feitas no sentido de diminuir impostos reverteu em
benefício da legalidade”, fala Edson Vismona, presidente Fórum.
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