No afã de lançar ainda neste ano o serviço Street View na Alemanha, o
Google levou três carros estilizados para a Cebit 2010, maior feira de
tecnologia do mundo, em Hannover. Quem esperava o lançamento de algum
serviço por parte da empresa de Mountain View se frustrou.
Ainda assim, a gigante das buscas fez questão de convocar uma
conferência de imprensa e frisar que seu serviço não viola a intimidade
dos cidadãos. Ao que parece, funcionou.
"Estamos resolvendo problemas específicos. Trabalhamos, por exemplo, em
uma ferramenta que apontará algumas casas que não devem aparecer",
explicou Lena Wagner, porta-voz da marca no país.
O Google é alvo de críticas por supostamente violar a privacidade das
pessoas. Na Alemanha, a diplomacia da empresa esbarra em uma sociedade
especialmente sensível em relação ao direito ao anonimato --o país tem
larga experiência em abusos nessa seara, do regime nazista à polícia
secreta comunista, a Stasi.
Dimensões do carro do Google Street View mostrado na feira Cebit, na Alemanha, maior do mundo; empresa luta para convencer países |
As câmeras do Google estão fotografando ruas germânicas há mais de um
ano. Neste tempo, centenas de alemães se prontificaram em dizer que não
querem suas casas aparecendo na web.
"Recebemos cartas de mais de 1.000 pessoas desde junho de 2009", disse Wagner.
Tal qual acontece em outros países, o Street View também deve embaçar
rostos e placas de carros. Em muitos lugares, no entanto, a ferramenta
de reconhecimento falhou, deixando escapar a identidade de algumas
pessoas.
Ainda assim, os esforços diplomáticos do Google na Cebit surtiram
efeito. A própria chanceler do país, Angela Merkel, deu sua benção para o
Street View. Segundo ela, "aqueles que consideram [o Street View] uma
invasão de sua esfera privada podem fazer uso do direito de objeção".
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